sábado, 3 de setembro de 2016

Radicais Livres em Treinos de Longa Duração

O corpo é tão inteligente que promove varias adaptações para a retirada dos radicais livres decorrentes dos treinos de longa duração e extenuantes. Mas torna uma eficiência limitada, já quando coadjuvante com a alimentação a eliminação dessas toxinas são bastante significativa.

Estas adaptações estão relacionadas a uma série de sistemas, dos quais os mais importantes são os sistemas enzimáticos, compostos pela superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase, e o não enzimático, composto por ceruloplasmina, hormônios sexuais, coenzima Q, ácido úrico, proteínas de choque térmico e outros. Tais adaptações, apesar das controvérsias sobre os mecanismos envolvidos, promovem maior resistência tecidual a desafios oxidativos, como aqueles proporcionados pelo exercício de alta intensidade e longa duração.

Defesa Antioxidante

Como as ERO (Espécie Reativa de Oxigênio) são continuamente formadas em pequenas quantidades pelos processos normais do metabolismo, todas as células possuem mecanismos para mitigar seus efeitos agressores. Cabe salientar que a composição das defesas antioxidantes difere de tecido a tecido, de tipo de célula a tipo de célula e possivelmen- te de célula a célula do mesmo tipo, em um dado tecido
O sistema de defesa antioxidante está dividido em enzimático e não enzimático.

ENZIMÁTICO: inclui as enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx).

Como desenrola o processo oxidativo no corpo

Conforme Halliwell (1999), o oxigênio (O2) que respiramos é metabolizado em nosso organismo da seguinte maneira: aproximadamente 85 a 90% são utilizados pela mitocôndria, através da cadeia de transporte de elétrons, e os 10 a 15% restantes são utilizados por diversas enzimas oxidases e oxigenases e também por reações químicas de oxidação diretas. Na parte terminal da cadeia de transporte de elétrons, a enzima citocromo oxidase (reação 1) remove um elétron de cada uma das quatro moléculas reduzidas de cito- cromo c, oxidando-as, e adiciona os quatro elétrons ao O2 para formar água (em torno de 95 a 98% dos 85 a 90% citados acima). Os 2 a 5% restantes são reduzidos univalentemente em metabólitos denominados espécies reativas de oxigênio.

Mecanismos de formação das espécies reativas de oxigênio.

Durante a atividade muscular, a demanda energética pode superar em 35 vezes a demanda de repouso (Åstrand, 2003). Dessa forma, durante a sua realização ocorre um grande aumento no consumo de oxigênio, na sua maior parte em decorrência do aumento de trabalho muscular. Pelo fato de as Espécie Reativa de Oxigênio (ERO) serem produzidas através do metabolismo intermediário, o exercício provoca aumento da sua produção.

Defesa Antioxidante

Como as ERO são continuamente formadas em pequenas quantidades pelos processos normais do metabolismo, todas as células possuem mecanismos para mitigar seus efeitos agressores. Cabe salientar que a composição das defesas antioxidantes difere de tecido a tecido, de tipo de célula a tipo de célula e possivelmen- te de célula a célula do mesmo tipo, em um dado tecido.
O sistema de defesa antioxidante está dividido em enzimático e não enzimático. 

ENZIMÁTICO: inclui as enzimas superóxido dismuta- se (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx).
A catalase (CAT) desempenha importante papel na eliminação do H2O2, promovendo a sua catálise até água.
Reação7: HO +HO CAT O +2HO
A GPx também funciona como mecanismo de proteção contra o estresse oxidativo, convertendo a glutationa reduzida (GSH) à glu- tationa oxidada (GSSG), removendo H O e formando água (reação
8)(17).
Reação8:
2GSH+H2O2 -GPx-> GSSG+2H20
Dessa forma, tanto a CAT quanto a GPx evitam o acúmulo de radical superóxido e de peróxido de hidrogênio para que não haja produção de radical hidroxil, contra o qual não existe sistema enzimático de defesa(13).
O perfeito equilíbrio entre as enzimas antioxidantes (CuZnSOD, MnSOD, CAT, GPx) é importante para a manutenção da integrida- de celular.

NÃO ENZIMÁTICO: inclui compostos sintetizados pelo organismo humano como bilirrubina, ceruloplasmina, hormônios sexuais, melatonina, coenzima Q, ácido úrico, e outros, ingeridos através da dieta regular ou via suplementação como ácido ascórbico (vitamina C), α-tocoferol (vitamina E), β-caroteno (precursor de vitamina A) e grupos fenóis de plantas (flavonóides).

CONCLUSÕES

Tantos os treinos e suas formas adequadas junto a uma boa periodização e respeito das fases de treinamento o corpo poderá adaptar na forma enzimática e já em dietas abraçando as vitaminas A,D, E, K e C. 
Alguns outros alimentos e especiarias contribuíram para a melhora oxidativo e inflamatório dos treinos de longa duração e treinos extenuantes como o Açafrão, Cúcuma e combinações de aminoácidos retratam melhoras na eliminação dos Radicais Livres. 

Referência 

1.Halliwell B, Gutteridge JMC. Free radicals in biology and medicine. 3rd ed. New York: Oxford, 1999.
2.HeunksLMA,ViñaJ,VanHerwaardenCLA,FolgeringHTM,GimenoA,Dekhuijzen PNR. Xanthine oxidase is involved in exercise-induced oxidative stress in chron- ic obstructive pulmonary disease. Am J Physiol 1999;277:R1697-704.
3.Rowlands DS, Downey B. Physiology of triathlon. In: Garrett WE Jr, Kirkendall DT, editors. Exercise and sport science. 4.Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2000;921-2.