terça-feira, 18 de julho de 2017

Team Coaching de Emagrecimento


APRESENTAÇÃO

Sou Roberto Barros, antes de relatar meu breve currículo gostaria de conversar um pouco com você. Com algumas perguntas simples você vai respondendo conforme vai lendo.

PERGUNTAS:
1) Você já se imaginou como quer chegar aos 70 ou 80 anos de idade?
2) Com a sua saúde atual você chegará bem? Andando nas viagens que você irá fazer após a sua aposentadoria no nosso país ou no exterior? Você acha que estará sem dor e sem problema de locomoção? Você acha, sinceramente, que vai curtir bem sua melhor idade?
3) O que está faltando pra você iniciar uma caminhada para a felicidade na sua saúde? Quando você pensou somente em você e não o que os outros falam de sua saúde?

Bom, eu gostaria muito de ajudar você a ter nesses respostas uma constatação de AGIR no agora e não em pensamentos do futuro, com uma apreensão de como estará amanhã. Primeiro, e de forma simples, analisar seu presente. Até que ponto você está disposto(a) para MUDAR?
Essa palavra pequena, mas com uma carga pesada para carregar nessa trajetória de uma saúde plena. O «MUDAR», reflete uma autoresponsabilidade, onde ninguém é culpado, somente você que está com menos de 50 anos com uma saúde frágil. Reforçando, ninguém é culpado somente você!

Você deve está se perguntando: esse cara é muito carrasco, já está começando com uma abordagem tão direta e tão forte! Bom, o método Coaching, onde levará você de um estado atual para o um estado desejado, trabalhará o seu passado (lembranças de superação), o seu presente (mudanças de hábitos ruins) colocando a autoresponsabilidade e, por último, o seu futuro, estabelecendo foco, metas e um plano de ação para atingir uma saúde plena e efetiva.

Veja as informações do banner abaixo e comece a agendar sua mudança. Informações entre em contato pelo whatsaap 82 99104-9129. Veja um pouco mais no meu e-book, clique aqui



BREVE CURRÍCULO - ROBERTO BARROS



# FORMAÇÃO
Profissional de Educação Física, UFAL (2003) - CREF/AL-0717
Especialista em Fisiologia do Esforço aplicado à Saúde e ao Treinamento, UNCISAL (2004)
Nutricionista Esportivo e Funcional, UNINASSAU (2014) - CRN/AL.-13.434
Coaching Integral Sistêmico, FEBRACIS/CE (2017)

# ATIVIDADES ANTERIORES
Auxiliar Técnico da Equipe Nado Livre/Sesi (1999 - 2003)
Técnico da Equipe Nado Livre/Sesi (2003 - 2006)
Assessoria Esportiva Triação/Runner Club (pioneirismo desde 2002)
Arrendatário do Parque Aquático Sesi/AL (2004-2007)
Arrendatário do Parque Aquático Fromafit (2007-2011).

# ATIVIDADES ATUAIS
Personal Trainer - Academia Top (desde 2010)
Nutricionista Espotivo e Funcional - Academia Top
Diagnose CheckUp Esportivo/Clínica - Equipe Multidisciplinar
Priorize - Clínica de Saúde

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Relatório do Fórum Nacional da Obesidade do Reino Unido - 2016

Fazendo minhas pesquisas sobre os métodos de dietas: paleo, low carb, vegana, vegetariana estrita, ovolactovegetariana e dietas em bloco. Retratei com essa publicação da Guia de alimentação saudável e conselhos de perda de peso para o Reino Unido, pela Public-Health-Collaboration. E se compararmos com a mesma publicação dos anos de 1983 (figura 1) com a do ano passado 2016 (Figura 2), vemos a diferença na abordagem: em 1983 [Low fat é a melhor] e em 2016 [Low carb e a inclusão de gorduras traz uma eficiência na perda de peso e redução da obesidade e diabetes tipo 2.
Figura 1 - 1983

Figura 2 - 2016
Quando pesquisando sobre as dietas veganas ou as vegetarianas descobrir um grande jogo de interesse das indústrias alimentícias, principalmente, a laticínia e de carnes.

Então, qual a verdadeira alimentação para uma vida mais saudável¿ Onde iremos saber o real interesse? Nossa saúde ou dos acionistas da indústria alimentícias? Realmente, qual o papel do agronegocício para o nosso dia a dia?

Nós compreendemos que os membros da indústria alimentícia têm a responsabilidade de produzir lucros para seus acionistas. Mas o escândalo real, às custas da saúde pública, é que acadêmicos, instituições e periódicos científicos, cuja responsabilidade primária é para com os pacientes e com a integridade científica, tenham, por vezes, conspirado com a indústria objetivando ganhos financeiros.

Então o que está discutindo nas academias de medicinas do nosso pais, onde estamos em alguns anos superando os EUA na estatística de obesidade e diabetes tipo 2?

A fim de corrigir estes erros, o fórum Nacional da Obesidade e o Public Health Collaboration, baseados nas mais atualizados evidências científicas e clínicas, recomendam uma completa revisão das diretrizes nutricionais e de saúde pública. As mudanças mais efetivas e importantes podem ser resumidos nos seguintes 10 pontos.

Veja abaixo esses pontos fundamentais para a sua mudança e conhecimento do real. Evitem seguir blogueira X, Y e Z, vá para evidências concretas e eficientes, procure um nutricionista que orientará seu objetivo mais reto, sem complicadas voltas para o mesmo canto que você começou.

Leia e discuta com as pessoas que você ma e conhece. Estamos no mundo da informação rápida e, em muitas vezes, irresponsáveis. 

Segue a íntegra traduzida:

Veja o original aqui

Introdução

Depois de 250 mil anos de evolução, os humanos tornaram-se uma espécie saudável, bem nutrida e com longa expectativa de vida. Mas, em apenas 30 anos, as coisas evoluíram catastroficamente mal, com epidemias de obesidade e diabetes tipo 2, intocadas pelas políticas vigentes, e que provavelmente irão reduzir a expectativa de vida e quebrar os sistemas de saúde. Este relatório representa uma potencial mudança destas políticas falhas, e recomenda alternativas que têm probabilidade de reverter alguns dos efeitos contraproducentes das políticas recentes.

Solucionar a epidemia de obesidade e suas consequências adversas para a saúde, tais como o diabetes tipo 2, é o desafio mais importante da saúde pública nos dias de hoje. A obesidade tem custos diretos para o Serviço Nacional de Saúde de mais de 6 bilhões de libras por ano. O diabetes tipo 2 tem custos diretos e indiretos da ordem de 20 bilhões de libras e, se não houver uma ação efetiva, este este preço provavelmente irá dobrar nos próximos 20 anos (1). Nos Estados Unidos, o custo do diabetes disparou recentemente, atingindo 245 milhões de Dólares em 2012.

As raízes da obesidade e do diabetes tipo 2 estão fortemente entranhadas no ambiente alimentar. Esforços legislativos para encorajar um menor consumo de alimentos processados e de bebidas açucaradas ajudarão a reduzir significativamente o fardo de doenças relacionadas à dieta, que hoje contribuem com mais mortes e morbidade globalmente do que a inatividade física, o cigarro e o álcool combinados (2). O papel das diretrizes alimentares ruins tem sido ignorado por tempo de mais. Especificamente, a mensagem de consumir alimentos de "baixa gordura"  e "baixo colesterol"  teve consequências não antecipadas desastrosas para a saúde.

A má ciência por detrás desta mensagem e a subsequente mudança nas diretrizes alimentares introduzidas para os americanos em 1977 (3), seguida pelas diretrizes do Reino Unido em 1983 (4), resultaram em aumento do consumo de comida-lixo low fat, carboidratos refinados e óleos vegetais poli-insaturados. Nos Estados Unidos, entre 1961 e 2011, 90% do aumento da ingestão calórica veio de carboidratos e óleos vegetais poli-insaturados (5).

O evidente aumento da obesidade imediatamente após a introdução das novas diretrizes sugere que elas sejam a causa do problema. A ciência da nutrição foi originalmente baseada em estudos humanos observacionais, os quais são frequentemente eivados de problemas, mas a ciência também foi corrompida por influências comerciais e interferência indevida da indústria alimentícia nas instituições responsáveis pelas diretrizes, bem como sobre os políticos, constituindo-se em ameaça significativa à  saúde pública.

A professora de saúde pública Kelly Brownell notou que passaram-se 50 anos desde a primeira evidência científica publicada ligando o tabagismo ao câncer de pulmão até que uma regulamentação efetiva fosse introduzida a fim de minimizar o consumo do tabaco. As grandes companhias de cigarro adotaram uma estratégia de negação, plantando a dúvida, confundindo e até mesmo comprando a lealdade dos cientistas, as semelhanças recentes com a atuação da indústria alimentícia são assustadoras (6).

Nós compreendemos que os membros da indústria alimentícia têm a responsabilidade de produzir lucros para seus acionistas. Mas o escândalo real, às custas da saúde pública, é que acadêmicos, instituições e periódicos científicos, cuja responsabilidade primária é para com os pacientes e com a integridade científica, tenham, por vezes, conspirado com a indústria objetivando ganhos financeiros.

O mais recente guia Eatwell ("Coma Bem") da Public Health England é, talvez, um exemplo de interesses comerciais passando por cima de evidência científica independente. A maior parte do grupo estabelecido pela Public Health England para determinar o modelo de alimentação saudável para o país representava a indústria alimentícia e de bebidas. Será que a Federação de Alimentos e Bebidas deveria estar entre aqueles que desenharam as diretrizes alimentícias da Inglaterra, ou será que cientistas independentes é que deveriam preencher este papel?

É também chocante a sugestão de que o consumo de 22 colheres de chá de açúcar por dia possa ainda ser considerado aceitável dentro das diretrizes alimentares vigentes. Não obstante, isto tem sido verdade por mais de uma década (7). Não existe NENHUMA necessidade dietética ou biológica de qualquer quantidade de açúcar adicionado em uma dieta saudável.

A fim de corrigir estes erros, o fórum Nacional da Obesidade e o Public Health Collaboration,  baseados nas mais atualizados evidências científicas e clínicas, recomendam uma completa revisão das diretrizes nutricionais e de saúde pública. As mudanças mais efetivas e importantes podem ser resumidos nos seguintes 10 pontos.

1) Comer  gordura não engorda.

Evidências de múltiplos ensaios clínicos randomizados têm revelado que uma dieta com mais gorduras e menos carboidratos é superior a uma dieta de baixa gordura para perda de peso e redução de risco cardiovascular (8, 9). Uma análise exaustiva de 53 ensaios clínicos randomizados, envolvendo 68.128 participantes, conduzida pela escola de saúde pública de Harvard, concluiu que "quando comparada com intervenções dietéticas de intensidade similar, a evidência de ensaios clínicos randomizados não dá suporte às dietas de baixa gordura, em relação a outras intervenções dietéticas, para perda de peso no longo prazo. Em ensaios clínicos de perda de peso, intervenções com mais gordura levaram à perdas de peso mais significativas do que as intervenções com menos gordura".

Além disso, o Women's Health Initiative (Iniciativa para a Saúde da Mulher), foi o maior ensaio clínico randomizado de dieta jamais feito. 48.835 mulheres pós-menopáusicas foram randomizadas para sua dieta usual ou uma dieta de baixa gordura, reduzida em calorias e com aumento de exercícios, com a hipótese de que isso levaria a uma redução de doenças cardiovasculares. O seguimento médio foi de 8,1 anos. A intervenção atingiu uma redução absoluta de 8,2% na gordura total e 2,9% na gordura saturada, mas não reduzir o risco de doença coronariana ou derrame (10). Embora não fosse especificamente um estudo de perda de peso, não obstante, a redução da gordura e das calorias (361 calorias a menos por dia) falhou em produzir qualquer perda significativa de peso na duração do estudo. Isto refutou a noção de que uma dieta de baixa gordua seja benéfica, tanto para o sistema cardiovascular, como para perda de peso.

Isso pode ser explicado, em parte, em nível fisiológico, pois o consumo de gordura induz à saciedade e à sensação de estômago cheio e, quando comparada aos demais macronutrientes - proteínas e carboidratos - a gordura têm o menor impacto na glicemia e insulina. Além do mais, a resistência à insulina é um precursor do diabetes tipo 2 e, em homens, este é o fator de risco número um para ataques cardíacos (veja o ponto no. 3).

Nós recomendamos que as diretrizes para perda de peso no Reino Unido devam incluir um consumo à vontade de carboidratos não-refinados e uma dieta rica em gorduras saudáveis (isto é, alimentos não-processados ou "comida de verdade") como uma abordagem aceitável, efetiva e segura para prevenir o ganho de peso e ajudar na perda de peso.

2) Gorduras saturadas não causam doença cardíaca. Os laticínios integrais são provavelmente protetores.

A pressa em condenar a gordura saturada como nutriente digno de preocupação foi prematura. Uma nova metanálise das evidências disponíveis antes das mudanças das diretrizes alimentares de 1977 e 1983 nos Estados Unidos e na Inglaterra, respectivamente, mostrou que os estudos então disponíveis já não davam suporte à introdução da restrição da gordura na dieta (11).

Este erro não foi corrigido até 2014, mais de três décadas após, quando uma revisão sistemática de 76 estudos com mais de 600 mil participantes de 18 países concluiu que "as evidências atuais não dão suporte claro às diretrizes cardiovasculares que encorajam o alto consumo de ácidos graxos poli-insaturados e o baixo consumo de gorduras saturadas e totais" (12). De Souza et al resumiram o mais recente veredito sobre gorduras saturadas: "o consumo de gordura saturada não foi associado com mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular, doença coronariana, AVC isquêmico ou diabetes tipo 2" (13).

As diretrizes nutricionais vigentes focam-se, erroneamente, no conteúdo de gordura total e saturada, ao invés de focar-se em alimentares específicos e nos subtipos de gorduras que eles contêm. Em particular, o consumo de ácido margárico, prevalente em laticínios não desnatados, reduz significativamente o risco de doenças cardiovasculares. Thornig et al relatam que " dietas com queijos e carnes como fontes primárias de ácidos graxos saturados levam a níveis maiores de HDL e de Apo-A1 e, portanto, parecem ser menos aterogênicas do que uma dieta de baixa gordura e alto carboidrato." (14) Laticínios integrais também podem proteger contra a obesidade. Um estudo de 2014 concluiu: "participantes no maior tercil de laticínios não desnatados (queijo, iogurte, leite) tiveram chance significativamente menor de se tornarem obesos" (15).

Estudos de coorte prospectiva confirmam que os níveis séricos dos ácidos graxos saturados oriundos do consumo de laticínios, tais como queijos e iogurtes, são inversamente relacionados à incidência de diabetes tipo 2. Em contraste, os níveis séricos do ácido palmítico, relacionado ao consumo de amido, açúcar e álcool, estão fortemente associados ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 (16).

Os alimentos mais naturais e nutritivos disponíveis - carnes, peixes, ovos, nozes, sementes, azeitonas, abacates - todos contêm gorduras saturadas. Estes alimentos naturais têm sido parte da dieta humana desde os tempos paleolíticos, e têm sido consumidos ad libitum sem consequências adversas para saúde humana por milênios. A demonização continuada de gorduras naturais onipresentes afasta as pessoas de alimentos altamente nutritivos, integrais e promotores da saúde.

3) Alimentos processados que contenham no rótulo "baixa gordura", "light", "baixo colesterol" ou "comprovadamente reduz o seu colesterol" devem ser evitados.

Não existem evidências que demonstrem que reduzir a gordura saturada da dieta reduza os eventos cardiovasculares e mortes. Ao contrário, as melhoras nos desfechos cardiovasculares são independentes da redução do colesterol pela dieta. Ensaios clínicos de dieta que forneceram gorduras naturais abundantes, tais como ácido alfa-linoleico, polifenóis e ácidos graxos ômega 3, encontrados em nozes, azeite de oliva, peixes gordurosos e vegetais, exercem efeitos positivos rapidamente sobre a saúde (17). Os mecanismos podem incluir a redução da inflamação, da aterosclerose e da trombose. Substituir gordura saturada por óleos vegetais contendo ômega 6 reduz o colesterol, mas NÃO melhora a mortalidade cardiovascular (18). Ao contrário, estudos revelaram uma tendência no sentido de aumento da mortalidade.

Os profissionais de saúde e o público precisam deixar de se focar tanto no LDL como marcador de saúde cardiovascular. As evidências mostram claramente que um perfil lipídico caracterizado por triglicerídeos altos e HDL baixo é mais preditivo de risco cardíaco, e é uma forma confiável de estimar a resistência à insulina. Um modelo matemático revelou que prevenir a resistência à insulina em homens jovens evitaria 42% dos infartos do miocárdio, uma redução maior do que a obtida com a correção da hipertensão (36%), do HDL baixo (31%), do índice de massa corporal elevado (21%) ou dos níveis de LDL (16%) (19). A calculadora de risco QRISK, usada por médicos para estimar o risco de doença cardiovascular nos próximos 10 anos,  sequer faz uso dos valores de LDL, e sim da relação colesterol total / HDL.

Os processos através dos quais os "alimentos redutores de colesterol" atuam levantam sérias preocupações no que diz respeito a doença cardíaca coronariana: "... não há evidência de que os esteróis das plantas reduzam o risco de doença cardiovascular, e há várias evidências de que prejudiquem". (20).

4. Limite os carboidratos refinados e o amido para prevenir e reverter o diabetes tipo 2

Diabetes tipo 2 é uma doença de resistência excessiva à insulina, que se manifesta através de níveis elevados de glicose no sangue. Os pacientes demonstram profunda intolerância aos carboidratos, e as mensagens de saúde pública deveriam refletir isto. É sabido que carboidratos refinados e amido aumentam os níveis de glicose no sangue, a necessidade de medicação e o ganho de peso. É, portanto, muito perturbador que os sites de ambos, Diabetes Uk e NHS (departamento de saúde do Reiuno Unido), deem prioridade ao consumo de carboidratos e amidos para portadores de diabetes tipo 2. Tais dietas irão levar, potencialmente, à piora da doença e a todas as suas complicações, tais como cegueira, insuficiência renal, neuropatia, doença vascular periférica, doença cardíaca e derrame.

Uma recente revisão ampla da literatura concluiu que a restrição de carboidratos é “a intervenção isolada mais eficiente para reduzir todos os aspectos da síndrome metabólica”, e deveria ser a primeira abordagem no manejo do diabetes. Uma dieta cetogênica (aquela na qual menos de 10% das calorias são oriundas de carboidratos) resulta na maior queda da hemoglobina glicada, e em redução do uso de medicamentos; seus benefícios são vistos mesmo na ausência de perda de peso (21).

O Dr David Unwin, um expert do Royal College of General Practitioners, Publicou recentemente resultados impressionantes obtidos ao simplesmente recomendar uma dieta de baixo carboidrato e com mais gordura para seus pacientes. Ele foi reconhecido como o Inovador do Ano nos Prêmios de Reconhecimento de Lideranças da NHS (Innovator of the Year at the NHS Leadership Recognition Awards 2016). Além de melhorar dramaticamente a saúde de seus pacientes, o doutor Unwin poupou ao sistema de saúde britânico 45 mil libras por ano em medicações para o diabetes, quando comparado com a média dos outros clínicos (22). Se nós pudéssemos replicar estes resultados nos outros 9400 consultórios médicos do Reino Unido, nós poderíamos potencialmente economizar 423 milhões de libras por ano apenas em medicamentos para o diabetes. Os custos cumulativos da redução dos danos aos órgãos alvo (ataques cardíacos, derrames, câncer, etc.) são muitas ordens de magnitude mais altos. E isso sequer leva em conta a redução significativa em sofrimento humano.

5. A quantidade ideal de Açúcar a ser consumido, para a saúde, é zero

O açúcar (sacarose, uma combinação de glicose com frutose) adicionado aos alimentos não tem absolutamente nenhum valor nutricional. Não existe uma única reação bioquímica do corpo humano que requeira frutose oriunda da dieta. Não Existe um único estudo que demonstre benefícios associados com seu consumo (23). O consumo excessivo de açúcar é fortemente associado com o aumento do risco de diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares, independentemente das calorias ou de seu efeito sobre o peso corporal (24, 25, 26). Embora estejamos satisfeitos como fato de que, recentemente, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu um limite máximo recomendado, a mensagem de saúde pública deveria enfatizar o fato de que açúcar não tem NENHUM papel em uma dieta saudável. O açúcar deveria ser relegado ao status de condimento ou aditivo alimentar, ao invés de comida, e deve retornar ao seu papel de coisa decadente e desnecessária, a ser consumida ocasionalmente, ao invés de diariamente em uma dieta saudável.

Além disso, nós recomendamos que o rótulo dos alimentos destaque a quantidade de açúcar adicionado, e que expresse esse valor em colheres de chá. Isso permitirá aos consumidores tomar decisões melhor informadas ao comprar produtos no supermercado.

6. Óleos vegetais obtidos por refino Industrial devem ser evitados

Por virtualmente a totalidade dos 2,4 milhões de anos da história humana, óleos vegetais puros extraídos de sementes não fizeram parte da dieta. O ácido linoleico (a gordura ômega 6 destes óleos) é extremamente suscetível à oxidação, tornando os alimentos rançosos, e também oxidando dentro do corpo (27, 28). Na natureza, o ácido linoleico existe em alimentos integrais tais como sementes, nozes, peixes e ovos, que também contêm vitaminas, minerais e antioxidantes que protegem esta gordura poli-insaturada altamente suscetível.

Dados recentes em humanos sugerem que nós deveríamos remover estes óleos vegetais de nossa alimentação para uma saúde ótima. Uma metanálise incluindo quase 10 mil pacientes confirmou que uma ingestão alta de óleos ômega 6 (oriundos de sementes ou de margarinas) aumenta o risco de morte e o risco de doença cardíaca quando comparado a gorduras saturadas e gorduras trans (29). Os dados de estudos mais antigos não demonstravam isso de forma tão clara, pois o consumo de ômega 3 era computado juntamente com consumo de ômega 6, o que dava uma falsa impressão de benefícios do ômega 6 para a saúde. Outros estudos, tais como o Anti-Coronary Club trial, confirmam que os ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 aumentam o risco de morte quando comparados com a gordura animal (30).

Importante salientar que a mortalidade aumentou com consumo de óleos vegetais ricos em ômega 6 no LA Veterans Trial (31). Numerosos estudos em animais demonstraram que a gordura poli-insaturada ômega 6 promove o crescimento de tumores induzidos experimentalmente, enquanto o omega 3 inibe tal crescimento. Os óleos vegetais ricos em ômega 6 (tais como girassol e milho), ligados a um risco aumentado de morte, doença coronariana e câncer em humanos (32), assim como ao crescimento de tumores em modelos animais (33), não podem ser considerados seguros. Na verdade, mal podem ser considerados comida.

7.Pare de contar calorias (o pensamento focado em calorias causou danos à saúde pública).

As calorias só são iguais quando são incineradas e o calor liberado é medido. De fato, esta é a definição de caloria. Entretanto, calorias de alimentos diferentes têm efeitos metabólicos completamente diferentes no corpo humano, tornando esta definição inútil. Portanto, o efeito na nossa saúde difere substancialmente dependendo de onde tais calorias foram derivadas. Por exemplo, porções com a mesma quantidade de calorias de açúcar, álcool, carne ou azeite de oliva têm efeitos completamente diferentes em sistemas hormonais tais como a insulina, e em sinais de saciedade tais como colecistoquinina e o peptídeo YY. É altamente irrelevante saber quantas calorias uma porção de comida ou um prato contém. O que importa é como o nosso corpo responde a ingestão e absorção dessas calorias, e como elas são metabolizadas, dependendo do alimento específico em questão.

As atuais estratégias de redução calórica para perda de peso são altamente ineficazes. Dados do Reino Unido, de 2004 a 2014, estimam que a probabilidade de obter um peso normal com restrição calórica é de 1 em 167 (34). Isso equivale a uma taxa de insucesso superior a 99%. isso é facilmente confirmado pelas experiências de virtualmente todas as pessoas que experimentam dietas, a maioria das quais baseadas em restrição calórica.

Frequentemente, parte-se do princípio de que a ingestão excessiva de calorias é a causa da obesidade, mas isso não é verdadeiro. Uma caloria de energia oriunda de comida pode ter destinos metabólicos diferentes dependendo do contexto hormonal. Por exemplo, a mesma caloria de comida pode ser utilizada para gerar calor corporal, ou ser armazenada como gordura. A obesidade é uma doença de particionamento energético, e não de consumo energético total. O principal determinante de tal particionamento é o hormônio insulina.

O pensamento focado em calorias apresenta necessariamente um viés contra alimentos contendo gordura, muitos dos quais podem ser protetores contra a obesidade e doenças relacionadas, e tende a dar suporte a substitutos contendo amido e açúcar, os quais são particularmente ruins para pessoas com resistência à insulina.

Desviar o foco das calorias e enfatizar um padrão dietético que foque-se na qualidade dos alimentos ao invés da quantidade ajudará rapidamente reduzir a obesidade, as doenças relacionadas, e o risco cardiovascular (35). A perda rápida de peso o reganho após dietas da moda não é bom para saúde; este efeito sanfona contribui para hipertensão, resistência insulina e dislipidemia, resultando em risco aumentado de mortalidade e em desfechos cardiovasculares piores (36). O estudo Look Ahead não encontrou benefícios cardiovasculares em uma dieta com baixa caloria combinada com o aumento da atividade física em pacientes com diabetes tipo 2. A despeito de uma perda de peso significativa, mesmo com um seguimento de máximo 13,5 anos, nenhum efeito benéfico à saúde foi encontrado (37).

A saúde pública deve trabalhar primariamente favorecendo o consumo de alimentos integrais, que ajudam a proteger contra o desequilíbrio energético que leva à obesidade e disfunção metabólica, ao invés de continuar a promover mensagens baseadas em calorias, que podem criar (e depois culpar) vítimas, além de provavelmente exacerbar a epidemia de obesidade e doenças relacionadas.

8. Você não pode consertar uma dieta ruim como exercício.

É largamente aceito, tanto pelo público quanto pela a mídia, que consumir mais calorias do que nós queimamos é a causa da epidemia de obesidade e, assim, a solução é fazer mais exercício. Isso não está correto. A obesidade é um transtorno hormonal, levando a um particionamento anormal da energia, que não pode portanto ser solucionado apenas aumentando o exercício.

Por muitos anos, as indústrias fabricantes de bebidas e alimentos têm salientado a mensagem da atividade física a fim de exonerar-se da sua própria responsabilidade sobre a epidemia de obesidade. De fato, companhias que promovem alimentos processados e altamente refinados, ligados a epidemia de obesidade, têm patrocinado os maiores eventos esportivos (as Olimpíadas, por exemplo). Atividade física regular, sem dúvida, tem uma miríade de efeitos benéficos para a saúde - mas a perda de peso não é um deles. Houve muito pouca mudança em nosso nível de atividade física nas últimas três décadas enquanto os níveis de obesidade aumentaram (38). Um dos mais eminentes cientistas do esporte do mundo, o professor Timothy Noakes, diz que “os benefícios do exercício são inacreditáveis, mas se você precisa exercitar-se a fim de manter o peso baixo, sua dieta está errada”.

A associação entre alimentos ultraprocessados e refrigerantes com o esporte é muito preocupante. O apoio por parte de celebridades passa a mensagem errada, particularmente para crianças. Com o futuro da nação em risco, nós não podemos nos dar ao luxo de esperar - nós precisamos dissociar a atividade física da obesidade. Você não vai ficar bem se você comer junk food, mesmo que você pratique esportes (39).

9. Comer Lanches com frequência fará você engordar (sua avó tinha razão!)

Houve duas grandes mudanças nos hábitos dietéticos desde os anos 70, antes do início da epidemia de obesidade. A mudança para uma dieta de alto carboidrato e baixa gordura foi bem documentada, e teve um importante papel em causar obesidade. A outra mudança, o aumento na frequência da alimentação, tem um papel igual, senão maior, e tem sido negligenciada. Nos anos 70, o número médio de oportunidades para alimentar-se era três: café da manhã, almoço, e janta. Em 2005, o número praticamente dobrara (40). Agora, nós comemos café da manhã, lanche, almoço, lanche, janta e mais lanche. E cada uma dessas oportunidades tem boa chance de conter carboidratos refinados.

Comer continuamente desde o momento em que acordamos até o momento que vamos dormir não permite ao nosso corpo digerir e usar alguns dos alimentos que consumimos. O dia inteiro torna-se uma oportunidade para armazenar a energia dos alimentos, sem chance de queimá-las. Comer 6 vezes por dia não resulta em perda de peso (41), mas tende a aumentar o consumo geral de comida.

Os lanches tendem a ser altamente insulinogênicos (engordantes), uma vez que nós exigimos a conveniência e durabilidade característica dos carboidratos refinados. É simples comer alguns biscoitos como lanche, mas não um pequeno pedaço de salmão grelhado.

Nós precisamos de equilibrar o tempo que nós gastamos comendo e o tempo que nós gastamos não comendo, ou jejuando. A própria palavra café da manhã em inglês (breakfast = “break fast” = “quebrar jejum”), implicitamente reconhece que nós precisamos passar alguma parte do dia jejuando, mesmo que seja apenas 12 a 14 horas, a maior parte da qual durante o sono. Reduzir a frequência das nossas refeições pagará enormes dividendos em termos de perda de peso. Eliminar lanches, especialmente após a janta, e adicionar novamente períodos de jejum, são ideias simples, que já eram largamente praticadas antes da instalação da epidemia de obesidade. Isto provavelmente não é uma coincidência.

10. A nutrição baseada em evidências deve ser incorporada aos currículos educacionais de todos os profissionais da Saúde.

Em vista da ameaça imediata imposta pelas doenças relacionadas a dieta, nós acreditamos que seja imperativo que os currículos de graduação e pós-graduação, bem como o da educação médica continuada, incorporem nutrição baseada em evidências atualizadas. Uma pesquisa global desenvolvida pelo banco de investimentos Credit Suisse preocupantemente revelou o nível substancial de desinformação que existe entre os médicos, com 92% acreditando que comer gordura provoca problemas cardiovasculares e 87% acreditando que levará ao ganho de peso - com resultados semelhantes para nutricionistas. Incorretamente, 54% dos médicos e 40% dos nutricionistas pensam que comer alimentos ricos em colesterol aumenta os níveis sanguíneos de colesterol. Mais “chocante” neste relatório foi que 83% dos médicos acredita que a manteiga é pior do que a margarina, e 66% acreditam que óleos vegetais são benéficos para saúde (42).

Isso não diz respeito apenas a prevenção de doenças, mas envolve intervenções nutricionais voltadas a eliminação das causas das doenças crônicas, não limitando-se apenas a tratar os sintomas e os fatores de risco com medicamentos. O fato de que medicações prescritas são atualmente a terceira maior causa de mortes no mundo todo, depois de doença cardíaca e câncer, deve servir de alerta para o fato de que o futuro dos cuidados à saúde irá requerer uma estratégia que incorpore mudanças de estilo de vida baseadas em evidências para tratar as doenças, estratégias essas a serem empregadas como um acréscimo ou frequentemente como uma alternativa aos tratamentos medicamentosos e seus efeitos colaterais. Nós apoiamos a Academy of Medical Royal Colleges e o British Medical Journal que, conjuntamente, oferecem um plano para reduzir os danos do "excesso de medicações", como parte da campanha Choosing Wisely ("escolhendo com sabedoria"): uma das suas recomendações encoraja a educação do público para que questionem os profissionais médicos sobre se existem opções mais simples ou mais seguras à medicação prescrita (43).

Diretrizes de alimentação saudável e perda de peso para o Reino Unido

Além de auxiliar na confecção deste documento, a Public Health Collaboration (PHC) também escreveu um relatório mais longo sobre diretrizes de alimentação saudável e perda de peso para o Reino Unido. Este relatório pode ser baixado do site da PHC em https://www.PHCuk.org/healthy-eating-guidelines-weight-loss-advice-for-the-uk/ onde você também achará mais informações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. Hex N, Bartlett C, Wright D, et al. Estimating the current and future costs of Type 1 and Type 2 diabetes in the United Kingdom, including direct health costs and indirect societal and productivity costs. Diabetic Medicine 2012;29:855–62.
2. Newton JN, Briggs AD, Murray CJ, Dicker D, Foreman KJ, Wang H, et al. Changes in health in England, with analysis by English regions and areas of deprivation, 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet. 2015. doi:10.1016/S0140-6736(15)00195-6.
3. Select Committee on Nutrition and Human Needs. Dietary goals for the United States. First ed. Washington: U.S. Govt. Print. Off., February 1977.
4. National Advisory Committee on Nutritional Education (NACNE). A discussion paper on proposals for nutritional guidelines for health education in Britain, 1983.
5. Credit Suisse. Fat: The New Health Paradigm: Research Institute, 2015:76.
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sábado, 3 de setembro de 2016

Radicais Livres em Treinos de Longa Duração

O corpo é tão inteligente que promove varias adaptações para a retirada dos radicais livres decorrentes dos treinos de longa duração e extenuantes. Mas torna uma eficiência limitada, já quando coadjuvante com a alimentação a eliminação dessas toxinas são bastante significativa.

Estas adaptações estão relacionadas a uma série de sistemas, dos quais os mais importantes são os sistemas enzimáticos, compostos pela superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase, e o não enzimático, composto por ceruloplasmina, hormônios sexuais, coenzima Q, ácido úrico, proteínas de choque térmico e outros. Tais adaptações, apesar das controvérsias sobre os mecanismos envolvidos, promovem maior resistência tecidual a desafios oxidativos, como aqueles proporcionados pelo exercício de alta intensidade e longa duração.

Defesa Antioxidante

Como as ERO (Espécie Reativa de Oxigênio) são continuamente formadas em pequenas quantidades pelos processos normais do metabolismo, todas as células possuem mecanismos para mitigar seus efeitos agressores. Cabe salientar que a composição das defesas antioxidantes difere de tecido a tecido, de tipo de célula a tipo de célula e possivelmen- te de célula a célula do mesmo tipo, em um dado tecido
O sistema de defesa antioxidante está dividido em enzimático e não enzimático.

ENZIMÁTICO: inclui as enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx).

Como desenrola o processo oxidativo no corpo

Conforme Halliwell (1999), o oxigênio (O2) que respiramos é metabolizado em nosso organismo da seguinte maneira: aproximadamente 85 a 90% são utilizados pela mitocôndria, através da cadeia de transporte de elétrons, e os 10 a 15% restantes são utilizados por diversas enzimas oxidases e oxigenases e também por reações químicas de oxidação diretas. Na parte terminal da cadeia de transporte de elétrons, a enzima citocromo oxidase (reação 1) remove um elétron de cada uma das quatro moléculas reduzidas de cito- cromo c, oxidando-as, e adiciona os quatro elétrons ao O2 para formar água (em torno de 95 a 98% dos 85 a 90% citados acima). Os 2 a 5% restantes são reduzidos univalentemente em metabólitos denominados espécies reativas de oxigênio.

Mecanismos de formação das espécies reativas de oxigênio.

Durante a atividade muscular, a demanda energética pode superar em 35 vezes a demanda de repouso (Åstrand, 2003). Dessa forma, durante a sua realização ocorre um grande aumento no consumo de oxigênio, na sua maior parte em decorrência do aumento de trabalho muscular. Pelo fato de as Espécie Reativa de Oxigênio (ERO) serem produzidas através do metabolismo intermediário, o exercício provoca aumento da sua produção.

Defesa Antioxidante

Como as ERO são continuamente formadas em pequenas quantidades pelos processos normais do metabolismo, todas as células possuem mecanismos para mitigar seus efeitos agressores. Cabe salientar que a composição das defesas antioxidantes difere de tecido a tecido, de tipo de célula a tipo de célula e possivelmen- te de célula a célula do mesmo tipo, em um dado tecido.
O sistema de defesa antioxidante está dividido em enzimático e não enzimático. 

ENZIMÁTICO: inclui as enzimas superóxido dismuta- se (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx).
A catalase (CAT) desempenha importante papel na eliminação do H2O2, promovendo a sua catálise até água.
Reação7: HO +HO CAT O +2HO
A GPx também funciona como mecanismo de proteção contra o estresse oxidativo, convertendo a glutationa reduzida (GSH) à glu- tationa oxidada (GSSG), removendo H O e formando água (reação
8)(17).
Reação8:
2GSH+H2O2 -GPx-> GSSG+2H20
Dessa forma, tanto a CAT quanto a GPx evitam o acúmulo de radical superóxido e de peróxido de hidrogênio para que não haja produção de radical hidroxil, contra o qual não existe sistema enzimático de defesa(13).
O perfeito equilíbrio entre as enzimas antioxidantes (CuZnSOD, MnSOD, CAT, GPx) é importante para a manutenção da integrida- de celular.

NÃO ENZIMÁTICO: inclui compostos sintetizados pelo organismo humano como bilirrubina, ceruloplasmina, hormônios sexuais, melatonina, coenzima Q, ácido úrico, e outros, ingeridos através da dieta regular ou via suplementação como ácido ascórbico (vitamina C), α-tocoferol (vitamina E), β-caroteno (precursor de vitamina A) e grupos fenóis de plantas (flavonóides).

CONCLUSÕES

Tantos os treinos e suas formas adequadas junto a uma boa periodização e respeito das fases de treinamento o corpo poderá adaptar na forma enzimática e já em dietas abraçando as vitaminas A,D, E, K e C. 
Alguns outros alimentos e especiarias contribuíram para a melhora oxidativo e inflamatório dos treinos de longa duração e treinos extenuantes como o Açafrão, Cúcuma e combinações de aminoácidos retratam melhoras na eliminação dos Radicais Livres. 

Referência 

1.Halliwell B, Gutteridge JMC. Free radicals in biology and medicine. 3rd ed. New York: Oxford, 1999.
2.HeunksLMA,ViñaJ,VanHerwaardenCLA,FolgeringHTM,GimenoA,Dekhuijzen PNR. Xanthine oxidase is involved in exercise-induced oxidative stress in chron- ic obstructive pulmonary disease. Am J Physiol 1999;277:R1697-704.
3.Rowlands DS, Downey B. Physiology of triathlon. In: Garrett WE Jr, Kirkendall DT, editors. Exercise and sport science. 4.Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2000;921-2.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

IODO INORGÂNICO, poderoso mineral

Uso do Iodo Inorgânico


O QUE VOCÊ SABE SOBRE ESSE MINERAL
O iodo foi considerado o segundo mineral como essencial para a saúde em 1850. Então suma o iodo além de ser um componente essencial dos hormônios da tireoide, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), ele também abrange um papel fundamental na atividade da glândula tireoide pela regulação do mecanismo de controle que envolve o eixo tireoide-hipotálamo-pituitária. Na carência desse mineral pode estimular o aumento do hormônio tireotrófico (TSH) e ocorrer a hipertrofia da glândula da tireoide, formação de bócio.

CARÊNCIA MUNDIAL DO IODO
O iodo, na forma inorgânica, é de extrema importância para nossa dieta diária, mas pela grande carência que há hoje, segundo estudos pelo Dr. David Bronstein(1) a população mundial tem uma carência de 95% de iodo. Em 1994 na Reunião Mundial da Saúde estimou na época que cerca de 1,5 bilhão de pessoas encontram-se em situação de risco nutricional em relação ao iodo, principalmente, em regiões deficientes de iodo(2). Diferentemente dos Japoneses que ingerem mais de 12.000mcg de iodo oriundo de algas secas, pescados marinhos, crustáceos e outros animais do mar. Tanto é verdade, essa analogia, que os japoneses apresentam índices de câncer de próstata, mama, intestino e tireóide diminuído. Outro grande benefício, isso as mães irão adorar, na gestação e nas fases iniciais da vida do bebê contribuirá para uma melhora muito significativa da inteligência. Hoje a recomendação para gestante é uma ingesta de 200mcg de iodo inorgânico.

IODOFOBIA
O iodo inorgânico (encontrado em algas secas, peixes marinhos de couro e outros animais marinhos) foi considerado depois do estudo dos pesquisadores Wolff e Chaikoff(3), lançaram uma teoria (embasamentos científicos com método errado) o efeito Wolff-Chaikoff (efeito W-C), nesse efeito seria que o mineral seria o vilão para o aparecimento de doenças da tireoide. Já em 1997, o Dr. Guy Abrahan(4), classifica como fraude o efeito W-C, mas esse efeito W-C criou na comunidade médica o chamado “iodofobia”, e segundo alguns autores foi considerado o maior prejuízo para os grandes problemas de saúde pública em todos os países.

AÇÃO DIRETA DO IODO NA TIREOIDE
Hoje muitos estudos científicos relatam os vários benefícios do iodo para a saúde humana, como ele está diretamente responsável pela desiodação da tiroxina (T4) para a triiodotironina (T3), que é a forma do hormônio ativo. Assim a tireoide é considerada “o maestro” de todo o funcionamento bioquímicos, metabólicos e energéticos de todo o corpo humano(3).

EFEITO DESITOXICANTE DO IODO NO NOSSO CORPO
O iodo ele tem um papel fundamental na eliminação dos minerais halogênicos como: flúor (adicionado em água que bebemos) e bromo (na forma de brometo nas massas que têm fermentos, pão por exemplo) e mercúrio (comumente usados em agrotóxicos). Como percebem esses halogênicos são ingeridos com frequência por todos nós. Como eles concorrem com o iodo na fixação das paredes da tireoide, em uma carência de iodo pode desenvolver várias doenças. Então quando ocorre uma ingesta de 150mcg de iodo dia ele fará o papel de limpar todos esses halogênicos, considerados potenciais para aparecimento de células mutagênicas ou calcinogênicas (câncer).
Evidências relatam o grande aumento de metais pesados absorvidos pelo nosso corpo devido a utensílios de cozinha (panelas de alumínio, inox e derivado de petróleo - teflon), esses, por sua vez, podem criar desconfortos irreversíveis, como: mal de Alzheimer e mal de Parkison. Estudos relataram que o cérebros de pessoas com essas doenças tiveram uma quantidade significativa de alumínio na parte cinzenta do órgão. Inclusive EUA e toda a Europa proíbe esses utensílio.
O iodo inorgânico tem o papel de desintoxicar esses metais pesados e os metais halogênicos da tireoide, melhorando o funcionamento dessa glândula.

INGESTA DE IODO, ZINCO E SELÊNIO
O iodo como alguns outros micronutrientes terão amigos que ajudarão sua absorção e trabalhos coadjuvantes para um ótimo funcionamento diário. O zinco é considerado o receptor dos hormônios tiroidianos, como o T3 é um hormônio de ação nuclear, relaciona com o DNA e o zinco tem um papel fundamental nessa recepção chamada superfamília das proteínas dedos de zinco. O selênio como vários outras funções no nosso corpo humano ele auxilia no equilíbrio do T4 e do TSH, a fim de não ocorrer patologias da tireoide.

IODO E ATIVIDADE FÍSICA
Esse mineral está indiretamente responsável pela melhora e o equilíbrio do metabolismo humano, então para os treinos, a melhora da composição corporal, crescimento e desenvolvimento nas fases dos treinos vão, de certa forma, contribuir para a evolução da performance. Para adquirir uma ampla e melhorada capacidade física e/ou capacidade de melhora do VO2 o corpo deverá sempre manter "o mestro" - tireoide - em perfeito estado de equilíbrio e desenvolvimento. Claro, que um mineral não é milagroso ou uma fórmula única de melhoria do desempenho, mas sim uma vida mais harmoniosa levando em conta um bom sono (entre 7 a 8h de sono), nutrição adequada para cada fase de treinamento, adaptação com a rotina do trabalho e da família, bem como outros fatores como: níveis de estresse, ansiedade e depressão. Por isso, como nenhum alimento só não faz verão, comumente um só profissional também não, mas uma equipe ajuda de forma mais exequível os objetivos nos esportes amadores e profissionais.

BENEFÍCIOS DO IODO INORGÂNICO À SAÚDE
O iodo é fundamental para a saúde humana. Ele é a base dos hormônios da tireoide e desempenha muitas outras funções na bioquímica humana. Embora a glândula tireoide contenha a maior concentração do corpo de iodo, as glândulas salivares, o cérebro, o líquor, a mucosa gástrica, as mamas, os ovários e uma parte do olho também concentram o iodo. No cérebro, o iodo é encontrado no plexo coroide, a área dos ventrículos do cérebro onde o líquido cefalorraquidiano (LCR) é produzido, e na substancia nigra, uma área associada à doença de Parkinson.

IODO E CÂNCER
Já em 1966(5), pesquisadores russos revelaram que o iodo alivia eficazmente os sinais e sintomas da doença fibrocística da mama. Setenta e um por cento de 167 mulheres que sofrem de doença fibrocística experimentaram um efeito benéfico de cura quando tratados com 50 mg de iodeto de potássio durante o período intermenstrual.

REFERÊNCIA
(1) Brownstein D. Clinical Experience with Inorganic Non-radioactive Iodine/Iodide. The Original Internist. 12(3):105-108, 2005

(2) Cozzolino, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. 3.ed.atual. e ampl. – Barueri, SP: Manole, 2009.

(3)Wolff J, Chaikoff IL. Plasma Inorganic Iodide as a Homeostatic Regulator of Thyroid Function. The Journal of Biological Chemistry February 16, 1948, pp5555-564.

(4) Abraham G. The Original Internist. Sept. 2005, http://findarticles.com/particles/mi_m0FDL/is_3_12/ai_n17211116/.O Iodo inorgânico é essencial para o metabolismo da tireóide, mamas, mucosa gástrica e próstata. É também um poderoso eliminador de toxinas do organismo e modulador do sistema imune.

Veja os alimentos que contém iodo inorgânico

FONTE Iodo (mcg/100G)
Algas secas (2) 62400
Sal iodado (3) 7600
Peixe de água salgada (1) 330
Peixe Cavala 170
Melaço 158
Bagre 118
Feijões secos 115
Frutos do mar 66
Espinafre 56
Verduras 30
Leite/derivados 14
Ovos (4) 13
Bacalhau carne 74
Bacalhau fígado 32
Aves selvagens 5
Caribus (5) 0,4
Ostras 46
Mexilhões 107
Sal marinho não iodado 50
Gordura de focas 12
Gordura animal 3


NOTAS:
1. Arinca, badejo, arenque
2. Assumindo porção de 5 g de algas secas ( Nutrição no Japão , 1964. Seção de Nutrição, Departamento de Saúde Pública, Ministério da Saúde e Bem-Estar, em Tóquio, no Japão, Março de 1965).
3. Consumo diário de 5 g de sal iodado.
4. Estes 11 valores são de Ensminger AH e outros. A Concise Encyclopedia of Foods and Nutrition. CRC Press, 1995, p 587.

5. Estes 10 valores são de Anderson S e outros. Conteúdo de iodo nos itens alimentares tradicionais groenlandeses e na água de torneira no leste e oeste da Groenlândia. International Journal of Health Circumpolar 2002 61:332-340.

Segundo o "National Health And Nutrition Examination Survey" (NHANES), houve uma diminuição superior a 60% na ingestão de iodo nos últimos 30 anos. Hoje, podemos considerar a deficiência de iodo como um problema de saúde pública em mais de 120 países, pois algo em torno de 72% da população mundial é afetada por isso. Segundo o Dr. Gabriel Cousens, são cerca de 96% da população americana.

Então quando for pensar em suplementar com marcas super caras para melhorar seu desempenho e seus treinos, pensem em verificar a sua ingesta de minerais, vitaminais e os macronutrientes. Só depois disso que será analisado se será necessário ou não. E em muitos casos não é necessário a suplementação.


Em 1829 Jean Lugol deu para nós uma fórmula que ajuda muita gente hoje. A sua fórmula poderá ser manipulada em farmácia especializada, veja abaixo


Iodo inorgânico......................5%

Iodeto de potássio.................10%
Água destilada.......................85%

Frasco de 30mL


Posologia: 2 gotas/dia em jejum com 200mL de água, proporciona 12,5mcg de iodo/iodeto de potássio.


Procure um nutricionista para adequar mais sua dieta, personalizando as necessidades nutricionais adequada com sua ocupação diária.


Esp. Roberto Barros

CRN. 13.434 - Nutricionista Esportivo
CREF. 0717 - Profissional de Educação Física